quarta-feira, 23 de maio de 2007

De verde, uma pomba abicando...

Este é o meu brasão. Melhor dizendo, é o brasão de armas que foi concedido a meu trisavô e tataravô, Francisco de Assis e Oliveira Borges (1806-1879), quando recebeu o título de barão de Guaratinguetá (em 2 de dezembro de 1854). Mais tarde, foi titulado visconde (10 de abril de 1867), recebendo finalmente as honras de grandeza (17 de maio de 1871).

Nem todos sabem que no Brasil os títulos nobiliárquicos não eram hereditários, mas pessoais: com a morte do titular, extinguia-se o título.

Se hoje uso a imagem do brasão em anel e em louças de jantar, é como homenagem ao mais famoso dos Oliveira Borges, que, no entender de Afonso Arinos (Rodrigues Alves: Apogeu e declínio do presidencialismo), foi não apenas o homem mais rico do Brasil em sua época (com uma fortuna que equivalia a 1% do meio circulante brasileiro), como também generoso em suas ações: após sua morte, foi apelidado de pai dos desvalidos, por ajudar quem necessitasse, sem no entanto deixar conhecer o autor da benemerência.