quinta-feira, 12 de julho de 2007

El Cid Campeador


Um dos mais famosos personagens da História medieval foi Rodrigo Diaz de Bivar, "El Cid" ("senhor", em árabe; *ca 1043 Burgos – †10/7/1099 Valencia), conde de Valencia. Os autores muçulmanos dão-lhe o apelido de Campeador, Desafiador ou Campeão. Foi c.c. (14/7/1074) Jimena Diaz de Oviedo, de controvertida ascendência.

Líder da Reconquista (que pôs fim aos 700 anos de ocupação moura na Península Ibérica), foi imortalizado no cinema por Charlton Heston, que fez seu papel no filme El Cid de 1961. A literatura também foi pródiga em títulos a seu respeito, e o mais famoso texto deve ser Cantar de mio Cid, um cantar de gesta de autor desconhecido que narra façanhas heróicas inspiradas nos últimos anos de vida de El Cid, escrito por volta de 1200.
Onze gerações distanciam Rodrigo de Pedro, duque da Cantábria, cuja ascendência também é controvertida. Em meu livro, indico a linhagem clássica, segundo a qual ele seria fº de Flávio Ervígio/Luibigotona, n.p. de Ardabasto Balthes/Glasvinda; b.p. de Atanagildo II/Flávia Juliana, ele com ascendência nos reis visigodos.
Já C. Settipani descarta Ervígio como pai de Pedro. Ele sugere esta linha: Benedito e Elesinda tiveram Divigra e Osícia. Esta c.c. Savaric, pais de (e.o.) Gelvira. Divigra c.c. Agila ou Aquilo, conde de Liebana, pais de Dídaco, que c.c. Gelvira retro, sendo pais de Pedro, duque da Cantábria.
São trinta e cinco gerações a separar-me, em média, do famoso cavaleiro. Nunca me esqueço de ter ouvido, quando menino, a história de que o Cid, morto em combate, foi amarrado à sela de seu cavalo andaluz Babieca, com o escudo em posição e a espada erguida, e conduziu seus homens ao campo inimigo. Segundo a lenda, o rosto do Cid podia ser visto pelo visor do elmo, iluminado pelo branco da roupa de seus cavaleiros e dos estandartes que estes portavam.
A visão espectral de um silencioso herói causou pânico entre os mouros, que diziam que El Cid teria ressuscitado de entre os mortos, e os espanhóis os derrotaram facilmente. Babieca nunca mais foi montado e morreu dois anos depois, com 40 anos.