segunda-feira, 4 de junho de 2007

Muito além do Jardim... do Éden

Michelangelo, A criação de Adão. Capela Sistina, ca 1511
Dia destes, uma tia, irmã de minha mãe, sabendo de minhas já avançadas investigações genealógicas, comentou comigo, em tom de brincadeira: "E então, Marcello Augusto, pelo tempo dessa pesquisa já-já você chega a Adão e Eva". E respondi: "Que nada, tia, já passei deles... "

Como assim, passou? Talvez seja uma surpresa para você, mas o mundo pouco provavelmente foi criado em 4004, como dizem os fundamentalistas cristãos (criacionistas). James Usher (1581-1656), arcebispo de Armagh, Primaz da Irlanda e vice-chanceler do Trinity College em Dublin, era muito respeitado em sua época, e seu tratado sobre cronologia – com base em uma complexa análise – foi incorporado a uma versão autorizada da Bíblia em 1701, e com isso passou a ser tão acatado quanto a própria Bíblia.


Usher calculou que o primeiro dia da criação foi um domingo, 23 de outubro de 4004 a.C., e disse que Adão e Eva foram expulsos do Paraíso numa segunda-feira (tinha de ser, ô diazinho chato), 10 de novembro de 4004.


Com todo o respeito devido a Usher, discordo. Estudiosos como Zecharia Sitchin (O 12º planeta, O começo do tempo, Encontros divinos, Código cósmico e Escada para o céu, em português) e Laurence Gardner (A linhagem do santo Graal, O legado de madalena, Segredos perdidos da arca sagrada e outros), que entre outras coisas inspiraram o Código da Vinci, afirmam que o tal do elo perdido nunca existiu, e que descendemos de uma hibridação feita em laboratório por extraterrestres.


Surpreso? Pois saiba que Bryan Sykes, um dos mais renomados geneticistas mundiais, analisou um elemento do DNA herdado pela linha materna e fez o caminho de volta aos tempos pré-históricos, descobrindo que 95% de todos os europeus modernos descendem das mesmas mães ancestrais - Úrsula, Xênia, Helena, Velda, Tara, Katrine e Jamine – nomes que deu às “sete filhas de Eva”, que viveram na África.


O projeto Genoma Humano, que analisa o DNA mitocondrial, sugere que a mulher mais antiga data de um momento entre 150 e 250 mil anos atrás, na África – exatamente como afirmam Sykes e Sitchin, que estudou textos sumérios na língua original. E Gardner teve a paciência de publicar a genealogia dos descendentes de En.ki, um importante anunnaki, e uma mulher local (terrestre), começando por... seus filhos Adão e Eva, of course. Quando isso se deu? Segundo Sitchin, perto de 200.000 anos atrás.

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